Facebook cria polêmica com nova ferramenta de privacidade
da France Presse, em San Francisco
O popular site de relacionamento Facebook lançou um novo dispositivo apresentado como um meio que permitirá a seus usuários administrar melhor o nível de confidencialidade do conteúdo que compartilham na rede, uma medida que, segundo alguns críticos, poderá ter um efeito inverso.
Desde quarta-feira (2), o site começou a pedir a seus mais de 350 milhões de membros que redefinam as características de seu perfil com uma nova ferramenta que lhes permite especificar quem pode ter conhecimento de cada foto, vídeo, atualização ou qualquer outro conteúdo colocado no site.
Facebook comemora 350 mi de usuários com novo modelo de privacidade
Segundo o Facebook, essa mudança permitirá aos usuários evitar que imagens inconvenientes ou atualizações muito atrevidas sejam vistas por chefes, conhecidos e outros que não fazem parte do círculo íntimo de amigos on-line.
"Será muito mais intuitivo para os usuários", opinou o diretor do Future of Privacy Forum, Jules Polonetsky. As redes regionais --associações comunitárias geográficas que o Facebook eliminou recentemente-- levavam os usuários a compartilhar, sem ter consciência disso, do conteúdo de seu perfil com milhões de usuários.
Os novos controles de privacidade também limitam a visibilidade do conteúdo criado por menores de 18 anos.
Mesmo que um menor selecione a opção "Todos" (podem ver suas fotos), a informação que compartilhar se limitará a seus "Amigos", "Amigos de amigos" e redes escolares.
As mudanças foram bem recebidas por inúmeros sites especializados em novas tecnologia.
Mas outros criticaram o fato de que o parâmetro, por defeito dos novos instrumentos de segurança, instauram um grau frágil de confidencialidade e que, nesse caso, as informações publicadas são visíveis para todos.
"O problema e que a maioria das pessoas não perde tempo configurando esse tipo de parâmetro", avaliou o jornal "The Washington Post".
Segundo o blog TechCrunch, o Facebook agiu para que as informações publicadas por seus usuários possam ser consultadas em tempo real e detectadas pelos motores de busca, de maneira a competir com o popular Twitter.
Era da privacidade na internet acabou, diz fundador do Facebook
da Folha Online
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou na sexta-feira (8) que, caso ele criasse o Facebook nos dias atuais, informações de usuários seriam públicas e não privadas --o que representa uma posição radicalmente oposta àquela defendida até então.
Em uma entrevista de seis minutos com o fundador do site de tecnologia TechCrunch, Zuckerberg passou 60 segundos falando sobre as políticas de privacidade do Facebook.
Modificadas no mês de dezembro, as configurações sobre privacidade no site de relacionamentos foram a base da questão. Agora, muitas das informações pessoais dos internautas podem ser vistas por toda a internet, caso o usuário permita.
"As pessoas realmente se sentem confortáveis não apenas em compartilhar mais informação e diferentes aspectos, mas mais abertura e com mais pessoas. É uma norma social que tem evoluído ao longo do tempo", disse ele. "Nosso papel é atualizar o nosso sistema para refletir de acordo com as normas sociais vigentes."
"350 milhões de usuários se inscreveram no Facebook sob a crença de que suas informações seriam compartilhadas apenas com amigos confiáveis. Agora a companha diz que isso é velho, e que as pessoas estão mudando", aponta o site ReadWriteWeb. "O Facebook está dizendo isso só porque ele quer que seja verdade."
"A alteração do contrato com os usuários, com base na suposta preocupação com seus desejos, é ofensiva e faz com que qualquer movimento feito pelo Facebook seja mais suspeito", indica o site.
Site que mistura jogo e localizador é o próximo Twitter, diz colunista da CNN
da Folha Online
O fundador e executivo-chefe do Marshable, popular blog norte-americano cuja temática gravita em torno de redes sociais, aposta agora em um site que parte da simples ideia de agregar um grupo de amigos para verificar os lugares nos quais eles estão.
Em sua coluna semanal na CNN, Pete Cashmore afirma que o Foursquare está além disso. O site, ele explica, é também um jogo virtual no qual os participantes ganham um distintivo para checar suas contas a partir de diversas localidades, comentando sobre o que há nelas --cafés, restaurantes, bares ou museus, por exemplo-- e ganhando pontuações. Ele diz que o mecanismo é tão viciante quanto Twitter, Facebook ou a checagem de e-mail no BlackBerry.
Cashmore afima que, "originalmente lançado como um aplicativo para iPhone e semeado pelos 'early-adopters' em cidades como Nova York e San Francisco, os fundadores do site foram capazes de pular de um trampolim de efeito imediato: o Twitter".
Os paralelos com o Twitter são numerosos, de acordo com ele, citando o blogueiro Robert Scoble: "Volte três anos atrás. O Twitter era usado pelas mesmas pessoas que hoje jogam o Foursquare".
As similaridades não param por aí. Ambos tiveram início em festivais de música norte-americanos. Membros de ambos construíram previamente startups de sociais de sucesso --e ambos foram incorporados pelo Google.
No entanto, a principal vantagem apontada pelo colunista é a de que o Foursquare estreou, nesta semana, o chamado API (interface de programação de aplicativos, que permite a inserção de pequenos softwares na plataforma do site, feita por terceiros).
"Isso tem se demonstrado, por diversas vezes, como uma força para esse tipo de ecossistema. De Flickr para Google Maps, para Twitter e mais além, fica claro que a massa crítica que antecede --em número suficiente de usuários e aplicativos para fazer um serviço inestimátivel-- prepara o terreno para uma vitória esmagadora", observa Cashmore, apostando que essa será a rede social que vai predominar em 2010.
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