Por: Gardel Silveira
(http://sitiocurupira.wordpress.com/a-pilula-vermelha/)
Você já se sentiu como se não tivesse certeza de que a realidade que vemos, ouvimos e sentimos é verdadeira? Nós acordamos todo dia, ligamos a tv, nos alimentamos, ouvimos rádio, levamos nossos filhos para escola, vamos para o trabalho, pagamos nossas contas, dirigimos o carro do ano, temos nossa casa própria, tv a cabo e todo ano viajamos de férias para poder compensar todo sofrimento que passamos para conquistar tudo isso. Costumo dizer para meus amigos que boa parte da humanidade dedica quase toda sua vida trabalhando num emprego que não gosta para comprar coisas que não precisa. Todos concordam, mas quase ninguém faz nada para mudar.
Mesmo com toda essa dedicação e trabalho parece que está sempre faltando algo, há sempre um vazio que não consegue ser preenchido. E a televisão, o oráculo da sociedade moderna, nos diz que, para sermos mais felizes, temos que nos desfazer das coisas velhas e comprar, consumir, possuir o novo. A mídia é um instrumento pelo qual nossa sociedade adquire todos esses desejos e conhecimentos. Não obtemos mais o conhecimento diretamente da terra, pois perdemos os contatos com as fontes da nossa sobrevivência. Não cultivamos mais o nosso próprio alimento ou aprendemos diretamente com nossas próprias experiências. Nem temos nossa família como a raiz de nossas opções, basicamente somos como um astronauta no espaço flutuando em um universo metálico desconectados das fontes da terra e somos completamente dependentes de informações que recebemos de lugares longínquos. Talvez isso explique o fascínio dos cientistas da Nasa em tentar achar vida em Marte. Será que eles não perceberam que há vida na Terra?
Estamos mentalmente dormentes. Entorpecemos nossos sentidos da manhã até a noite, seja com o desejo de consumir mais e mais ou pelo cárcere de um emprego que nos trata como escravos em troca de dinheiro para manter todo este ciclo vicioso e destrutivo. Ficamos cegos para a verdadeira beleza. E, se estamos insensíveis à beleza do mundo, então procuramos substitutos.
Eric Hoffer já dizia, “Você nunca pode ter o bastante daquilo que não quer de verdade”, quer dizer, nos ocupamos com o trabalho, viajamos de férias para o Caribe, consumimos tudo o que desejamos, mas sempre há uma sensação de carência, de perda. Essa sensação é porque nós não sabemos o que perdemos. E o que perdemos foi à beleza do mundo. E a gente tenta compensar isso conquistando o mundo, possuindo o mundo. Só que nesse consumo compulsivo e desenfreado estamos literalmente consumindo nosso limitado planeta. Estamos acabando com o único planeta capaz de prover a nossa vida em todo sistema solar, quiçá da galáxia ou do universo. Basta dar uma olhadinha pelo Google Erth e visualizar as grandes cidades da superfície da Terra. Elas parecem um câncer de pele que se espalha pela superfície do planeta, destruindo sua fina camada natural de vida e transformando tudo em asfalto e concreto. E os rios, que são o sistema circulatório do planeta, estão congestionados de poluentes industriais e dejetos humanos. É possível perceber esta infecção até mesmo na temperatura do planeta, pois a febre é um sintoma do que já está acontecendo. Furacões, secas, derretimento das geleiras, enchentes, são apenas sintomas de que a humanidade está doente. Sim meus amigos, a doença do planeta é um reflexo de uma doença humana. A deterioração do meio ambiente de nosso planeta é um espelho externo de um estado interno. Tal externo, tal interno.
Meu objetivo não é listar razões para vocês entenderem que devemos mudar nossa maneira de pensar, agir, escolher e consumir. Não vai adiantar, pois tenho certeza que todos irão concordar comigo, mas quantos realmente tomarão uma atitude? Na experiência que tive em contatos com humanos civilizados, não adianta discursar, dizer que estamos errados agindo assim ou assado. Tem que haver um esforço pessoal seguido de um despertar interno de cada um.
Bem, vejo que ficou uma série de perguntas e lacunas sem respostas, esta foi minha intenção com este texto. Nestes últimos meses consegui reunir uma série de documentários e filmes que tratam exclusivamente destes assuntos. Talvez até vocês já tenham visto algum. A página “Pílula Vermelha” terá esta função: citar livros, títulos, resenhas e trailers de filmes que irão ajudar neste despertar interno.
Temos o privilégio de viver em uma era onde a tecnologia faz com que as informações andem tão rápido que mesmo antes do fato terminar já virou notícia em algum site ou blog independente. Isso quer dizer que não vai ser por ignorância que destruiremos a vida que conhecemos no planeta.
Termino este texto com a célebre frase de um homem que não precisou presenciar efeito estufa, destruição da camada de ozônio e derretimento das geleiras para saber o que devemos fazer.
“Um homem deve decidir se vai andar na luz do altruísmo criador ou na escuridão do egoísmo destrutivo” Martin Luther King
Um grande abraço a todos e desfrutem da pílula vermelha, Gardel Silveira.
(http://sitiocurupira.wordpress.com/a-pilula-vermelha/)
Você já se sentiu como se não tivesse certeza de que a realidade que vemos, ouvimos e sentimos é verdadeira? Nós acordamos todo dia, ligamos a tv, nos alimentamos, ouvimos rádio, levamos nossos filhos para escola, vamos para o trabalho, pagamos nossas contas, dirigimos o carro do ano, temos nossa casa própria, tv a cabo e todo ano viajamos de férias para poder compensar todo sofrimento que passamos para conquistar tudo isso. Costumo dizer para meus amigos que boa parte da humanidade dedica quase toda sua vida trabalhando num emprego que não gosta para comprar coisas que não precisa. Todos concordam, mas quase ninguém faz nada para mudar.
Mesmo com toda essa dedicação e trabalho parece que está sempre faltando algo, há sempre um vazio que não consegue ser preenchido. E a televisão, o oráculo da sociedade moderna, nos diz que, para sermos mais felizes, temos que nos desfazer das coisas velhas e comprar, consumir, possuir o novo. A mídia é um instrumento pelo qual nossa sociedade adquire todos esses desejos e conhecimentos. Não obtemos mais o conhecimento diretamente da terra, pois perdemos os contatos com as fontes da nossa sobrevivência. Não cultivamos mais o nosso próprio alimento ou aprendemos diretamente com nossas próprias experiências. Nem temos nossa família como a raiz de nossas opções, basicamente somos como um astronauta no espaço flutuando em um universo metálico desconectados das fontes da terra e somos completamente dependentes de informações que recebemos de lugares longínquos. Talvez isso explique o fascínio dos cientistas da Nasa em tentar achar vida em Marte. Será que eles não perceberam que há vida na Terra?
Estamos mentalmente dormentes. Entorpecemos nossos sentidos da manhã até a noite, seja com o desejo de consumir mais e mais ou pelo cárcere de um emprego que nos trata como escravos em troca de dinheiro para manter todo este ciclo vicioso e destrutivo. Ficamos cegos para a verdadeira beleza. E, se estamos insensíveis à beleza do mundo, então procuramos substitutos.
Eric Hoffer já dizia, “Você nunca pode ter o bastante daquilo que não quer de verdade”, quer dizer, nos ocupamos com o trabalho, viajamos de férias para o Caribe, consumimos tudo o que desejamos, mas sempre há uma sensação de carência, de perda. Essa sensação é porque nós não sabemos o que perdemos. E o que perdemos foi à beleza do mundo. E a gente tenta compensar isso conquistando o mundo, possuindo o mundo. Só que nesse consumo compulsivo e desenfreado estamos literalmente consumindo nosso limitado planeta. Estamos acabando com o único planeta capaz de prover a nossa vida em todo sistema solar, quiçá da galáxia ou do universo. Basta dar uma olhadinha pelo Google Erth e visualizar as grandes cidades da superfície da Terra. Elas parecem um câncer de pele que se espalha pela superfície do planeta, destruindo sua fina camada natural de vida e transformando tudo em asfalto e concreto. E os rios, que são o sistema circulatório do planeta, estão congestionados de poluentes industriais e dejetos humanos. É possível perceber esta infecção até mesmo na temperatura do planeta, pois a febre é um sintoma do que já está acontecendo. Furacões, secas, derretimento das geleiras, enchentes, são apenas sintomas de que a humanidade está doente. Sim meus amigos, a doença do planeta é um reflexo de uma doença humana. A deterioração do meio ambiente de nosso planeta é um espelho externo de um estado interno. Tal externo, tal interno.
Meu objetivo não é listar razões para vocês entenderem que devemos mudar nossa maneira de pensar, agir, escolher e consumir. Não vai adiantar, pois tenho certeza que todos irão concordar comigo, mas quantos realmente tomarão uma atitude? Na experiência que tive em contatos com humanos civilizados, não adianta discursar, dizer que estamos errados agindo assim ou assado. Tem que haver um esforço pessoal seguido de um despertar interno de cada um.
Bem, vejo que ficou uma série de perguntas e lacunas sem respostas, esta foi minha intenção com este texto. Nestes últimos meses consegui reunir uma série de documentários e filmes que tratam exclusivamente destes assuntos. Talvez até vocês já tenham visto algum. A página “Pílula Vermelha” terá esta função: citar livros, títulos, resenhas e trailers de filmes que irão ajudar neste despertar interno.
Temos o privilégio de viver em uma era onde a tecnologia faz com que as informações andem tão rápido que mesmo antes do fato terminar já virou notícia em algum site ou blog independente. Isso quer dizer que não vai ser por ignorância que destruiremos a vida que conhecemos no planeta.
Termino este texto com a célebre frase de um homem que não precisou presenciar efeito estufa, destruição da camada de ozônio e derretimento das geleiras para saber o que devemos fazer.
“Um homem deve decidir se vai andar na luz do altruísmo criador ou na escuridão do egoísmo destrutivo” Martin Luther King
Um grande abraço a todos e desfrutem da pílula vermelha, Gardel Silveira.