quinta-feira, 2 de julho de 2009

A culpa dos inocentes


"Nos mandatos republicanos de Reagan e de Bush father & sons a promiscuidade era escancarada: difícil dizer se estávamos diante de um governo eleito ou de um escritório de corretagem", constata Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, e professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, em artigo publicado no jornal Valor, 31-03-2009.

No entanto, continua Belluzzo, "os ex-presidentes republicanos não eram exceções: o democrata Clinton protagonizou a façanha de impor os interesses da alta finança americana em todo o mundo, com o aplauso e o apoio entusiasmado dos endinheirados do planeta.Por essas e outras, William Greider, o editor de economia da revista americana "The Nation" pegou no nervo: a crise de "credibilidade" que ora derruba os mercados e trava o crédito não é fruto de malfeitorias isoladas, mas o resultado lógico do contubérnio entre governos cúmplices e negócios espertos".

Eis um trecho do artigo.

Na terça-feira, 17 de março, a Rosekranz Foundation promoveu, em Nova York, um debate denominado "Blame Washington more than Wall Street for the Financial Crisis". Como o leitor há de perceber, a forma de apresentação do tema já aponta o dedo indicador para os senhores de Washington - aí incluídos o Federal Reserve, o Congresso e o Executivo. Seriam eles os "culpados" pela construção do castelo de cartas que começou a desabar em meados de 2007?

Participaram do conclave, entre outros, o historiador de Harvard Niall Ferguson, o economista Nouriel Roubini, o jornalista do New York Times Alex Berenson e Byron Wien, ex-executivo do Morgan Stanley. A audiência, formada por 700 cidadãos nova-iorquinos, votou antes e depois do debate. No primeiro escrutínio, Washington bateu Wall Street com 42% dos votos contra 30% e 28% de indecisos. No segundo, a coisa piorou para Washington. A culpabilidade do governo foi atestada por 60% dos votos.

O jornalista Alex Berenson discordou da forma pela qual o tema foi apresentado: "Washington-versus-Wall Street é uma falsa dicotomia porque os bancos tornaram-se tão poderosos na esfera financeira que disseram a Washington: se a regulamentação for restritiva, vamos cair fora, criar empregos no exterior e não haverá regulamentação sobre o nada".


(...)

Ao enclausurar as razões da crise na tola dicotomia Washington versus Wall Street, o debate promovido pela Rozenkraz é um exemplo do retrocesso da consciência humana para formas de expressão que o filósofo vietnamita Tran Duc Tao chamou de sincréticas ("nenê sofá sentado").

As formas sincréticas antecedem, na gênese da consciência, a frase capaz de conectar sujeito, verbo e predicado e dar sentido aos substantivos diferenciados. Há quem afirme, como Hanna Arendt, que a degeneração da sociedade dos indivíduos na sociedade de massas produziu a degradação das formas de compreensão do mundo mais abrangentes, próprias da primeira modernidade. As simplificações agressivamente binárias e retrógradas são típicas do pensamento midiático e "internético" contemporâneos, uma forma de dominação eficaz que espezinha o projeto de autonomia do cidadão.


Roleta Genética




Abaixo reproduzo duas matérias extraídas do excelente Blog Orgânicos do Brasil:

O Livro Roleta Genética, de Jeffrey M. Smith foi lançado no Brasil


O livro Roleta Genética, do autor Jeffrey M. Smith foi lançado no Brasil, na semana do dia 7 a 14 de maio, em uma série de debates e palestras sobre os riscos dos OGM - Organismos Geneticamente Modificados.

Em Roleta Genética - seu segundo livro sobre os riscos dos "OGMs" - Jeffrey M. Smith revela documentos com informações, pouco ou não divulgadas, sobre testes de segurança de transgênicos, que revelam como as mais poderosas companhias de agrobiotecnologia do mundo blefam e enganam os críticos, o Congresso e o FDA, sobre a pesquisa de segurança de alimentos dos produtos que os consumidores compram diariamente.

Quem organizou as palestras e a visita de Jeffrey Smith foi a ONG Ética da Terra (http://www.eticadaterra.com/).


Comentários Sobre o autor



Autor Internacional bestselling, Jeffrey M. Smith é um porta-voz líder sobre os perigos à saúde causados pelos transgênicos ou organismos geneticamente modificados. Sua pesquisa respeitada globalmente e seu estilo magnético de comunicação capturaram a atenção do público em 2003, com seu primeiro livro sobre os sérios, mas ainda desconhecidos efeitos colaterais dos alimentos transgênicos, Seeds of Deception.

O livro tornou-se o mais vendido no mundo sobre os riscos à saúde dos OGMs e é creditado como motivador de mudanças nos hábitos de compra de consumidores por alimentos mais seguros, não OGMs. Em Roleta Genética, Jeffrey M. Smith revela documentos com informações, pouco ou não divulgadas, sobre testes de segurança de transgênicos, que certamente provocarão fortes emoções no leitor.

Roleta Genética mostra como as mais poderosas companhias de agrobiotecnologia do mundo blefam e enganam os críticos, o Congresso e o FDA, sobre a pesquisa de segurança de alimentos dos produtos que os norte-americanos compram diariamente. No Brasil, varias marcas de óleo de soja são feitas a partir de grãos transgênicos e estão presentes em nossos restaurantes.

Jeffrey Smith tem assessorado líderes mundiais em todos os continentes, influenciando as primeiras leis estaduais regulamentando OGMs, e está reunindo lideranças para a campanha The Campaign for Healthier Eating in America, um movimento revolucionário da indústria e de consumidores para remover todos os transgênicos da indústria de alimentos naturais.

Reconhecido como palestrante principal, já realizou palestras em 25 países e foi citado por lideranças governamentais e centenas de veículos de mídia de todo o globo, incluindo, The New York Times, Washington Post, BBC WorldService, Nature, The Independent, Daily Telegraph, New Scientist, TheTimes (Londres), Associated Press, Reuters News Service e Genetic Engineering News. Jeffrey Smith dirige The Campaign for Healthier Eating in America, doInstitute for Responsible Technology, onde é diretor executivo. É também, produtor de uma série de vídeo documentários, The GMO Trilogy,e escreve uma coluna mensal internacional, a Spilling the Beans.

O Institute for Responsible Technology
http://www.responsibletechology.org é uma organização sem fins lucrativos dedicada à educação pública, trabalha com cientistas e cidadãos responsáveis de todo o mundo, nas principais iniciativas públicas voltadas à divulgação de principais com cientistas e cidadãosresponsáveis de todo o mundo para trazer informações sobre os perigosdos OGMs.

Antes de fundar o Instituto, Jeffrey Smith era vice-presidente de comunicação com o mercado de um laboratório de detecção de OGMs e um consultor para grupos industriais e organizações líderes. Jeffrey Smith escreve extensivamente sobre o assunto OGM há mais de uma década.


Transgênicos Monsanto ameaçam o mundo

Monsanto, a maior empresa de biotecnologia e agricultura é produtora de sementes geneticamente modificadas.

As sementes Monsanto são alteradas para suportar os efeitos danosos do herbicida Monsanto: Roundup, que dá a companhia US$ 620Milhões/ano e provê 40% de seu lucro operacional.(1)

Inicialmente, fazendeiros de todo o mundo acrecitaram que sementes geneticamente modificadas fossem boas para a agricultura moderna, usando Roundup, eles podiam eliminar milhares de ervas "daninhas" enquando nada acontecia à colheita.

Antes que os fazendeiros comprem as sementes resistentes ao Roundup, eles são obrigados a assinar um acordo de tecnologia que permite à Monsanto executar investigações e definir "que direitos um fazendeiro tem e não tem em plantar, colher e vender sementes modificadas genéticamente".(2)

Isso é ultrajante, mas a Monsanto seguiu adiante pois suas sementes são patenteadas. De acordo com eles, é violaçãodas patentes guardar sementes de colheitas sadias e replantá-las no futuro, ou seja, a Monsanto força os fazendeiros a comprar suas sementes todo ano. De acordo com o Center for Food Safety- CFS(2), o acordo de tecnologia assinado levou a Monsanto a processar agressivamente milhares de fazendeiros que tenham violado a patente das sementes.

O fazendeiro deve pagar multa contratual ou ir para a justiça. O CFS afirma que a Monsanto já recolheu mais de US$ 15 MILHÕES só em processos a seu favor(2). Mesmo fazendeiros que nunca compraram sementes Monsanto nem nunca assinaram qualquer acordo com a mesma são alvo dos processos. Se o polen de uma plantação de sementes Monsanto polinizar um campo geneticamente não modificado ou outra fazenda que resulte em plantas viáveis,o fazendeiro é responsável segundo as leis americanas de violação de patente, MESMO QUE NÃO QUEIRA SEMENTES GENETICAMENTE MODIFICADAS EM SUA FAZENDA.

A Monsanto tem sido tãobem sucedida em processos para dominar o suprimento de alimentos no mundo que estão prontos para dar o grande salto. Em 14 de Abril de 2009,a companhia processou o Governo da Alemanha por recusar usar sua semente de milho (3)!!!!

Embora o milho Monsanto tenha sido permitido na Alemanha desde 2005, a ministra da agricultura Ilse Aigner interrompeu planos da plantação de 8892 acres para a colheita do verão.
Aigner afirma ter tido razões legítimas para acreditar que o milho seria um perigo ao meio ambiente.

As leis da União Européia permitem que países membros imponham tais restrições mas o processo da Monsanto diz que uma vez que uma planta tenha sido aprovada, não pode ser banida, a menos que evidências científicas provem o perigo.

A França baniu sementes de milho Monsanto em 2008 e a Hungria e Austria também planejam fazê-lo embora o European Food Safety Authority tenha concluído que elas não apresentem perigo para humanos ou animais.A senhora Aigner pode estar certa em suas preocupações sobre os efeitos danosos de sementes geneticamente modificadas ao meio ambiente. De acordo com GeneWatch-Reino Unido(4), outras colheitas e plantas silvestres podem ser contaminadas com os genes adicionados ao milho Monsanto.

Novas "super hervas daninhas" podem evoluir e tornar ainda maisdifícil ou até mesmo impossível erradicá-las. Poluição decorrentedo uso de herbicidas tóxicos podem aumentar ou diminuir. A vida selvagem pode ser prejudicada por novas toxinas no meio ambiente ou pela mudança nas práticas da agricultura.

Nos Estados Unidos, hervas daninhas super-resistentes, resistentes inclusive ao Roundup, estão ameaçando colheitas de algodão e de soja(5).

Em 2007, 10 mil acres em Macon County, Georgia, sofreram a praga de hervad daninhas super-resistentes e foram ABANDONADOS.

INACREDITAVELMENTE, a Monsanto está encorajando esses fazendeiros a misturar Roundup com outros pesticidas como 2,4-D (ingrediente usado no Agente Laranja, arma química usada na guerra do Vietnã com consequências catastróficas até os dias de hoje). Três países escandinavos baniram o 2,4-D por causar cancer, deficiência cognitiva e danos reprodutivos.

Uma vitória do Governo Alemão será uma vitória para todos nós,um grande passo na derrubada de mega-corporações inescrupulosas que almejam dominar todos os aspectos de nossas vidas, inclusive que comemos e bebemos. Você pode ajudar a melhorar a segurança alimentar e a responsabilidade ambiental visitando o seguinte website e assinando suas petições :



Referências: