terça-feira, 1 de julho de 2014

O plano para silenciar a liberdade dos internautas, em sete passos

 





A reportagem é publicada por RT, 21-05-2014.

O portal Infowards detalhou as formas como a liberdade na ‘world wide web’ (www) “está sendo massacrada em todo o mundo”.
1. Os serviços de inteligência manipulam a Internet com desinformação deliberada
Uma série de documentos recentemente publicados por Edward Snowden confirma que as agências de inteligência ocidentais estão enchendo, deliberadamente, a web com desinformação. Segundo o jornalista Glenn Greenwald, ex-funcionário do jornal britânico ‘The Guardian’, estas técnicas tem por objetivo “controlar, infiltrar, manipular e deformar as discussões on-line” e, com efeito, “colocar em risco a integridade da Internet”.
2. Os Governos pagam para influenciar a opinião pública
Em 2010, a rede canadense CTV News informou que as autoridades federais do país estavam buscando formas de vigiar as conversas on-line sobre temas políticos e corrigir o que eles consideravam desinformação. “A próxima vez que você publicar uma opinião em um foro on-line ou em um grupo do Facebook não se surpreenda, caso receba uma refutação de um empregado federal”, dizia parte da publicação.
Os Governos turco, israelense e chinês implementaram programas similares, e a Força Aérea dos Estados Unidos contratou a empresa de segurança de dados HBGary para criar um grande número de perfis falsos em redes sociais. O portal The Raw Story afirma que a função desse programa é “manipular a opinião pública” em pontos centrais como os “informes de notícias”.
3. A imprensa dominante restringe os comentários dos usuários
Os meios de comunicação dominantes estão restringindo severamente os comentários dos usuários com a finalidade de afogar as vozes dissidentes que questionam a elite imperante, segundo Infowars.
Vários estudos confirmam que os comentários aos artigos de imprensa, para o bem ou para o mal, influenciam fortemente a opinião pública. A revista ‘Popular Science’, por exemplo, anunciou recentemente a decisão de restringir em sua página web os comentários dos leitores com a finalidade de silenciar os céticos sobre o aquecimento global. No ano passado, o jornal The New York Times apontou que estava apagando alguns comentários de seus artigos. Infowars considera que estas medidas fazem parte do esforço desesperado dos meios de comunicação para ditar sua própria realidade.
4. A ‘infiltração cognitiva’ na Internet de Obama
O professor de Direito de Harvard, Cass Sunstein, designado por Barack Obama, em 2010, para se encarregar do Escritório de Informação e Assuntos Regulatórios dos Estados Unidos, foi quem propôs a chamada ‘infiltração cognitiva’ na web e que pregou o seu êxito desde então. O objetivo deste programa da Casa Branca é fragilizar, nas salas de chat e redes sociais, muitos usuários que dão sua opinião sobre o que na realidade, em seu parecer, ocorreu em fatos como os que se relacionam ao 11 de setembro.
Sunstein sugeriu que os agentes do Governo entrassem nas salas de chat ou redes sociais para “tratar de minar as teorias conspiratórias, levantando dúvidas sobre suas premissas”.
5. Falsos ciberataques como pretexto para ampliar a regulação da web
“Enquanto de Washington se repete constantemente a necessidade de se avançar nas regulações sobre a segurança na Internet, para reduzir os ataques informáticos, os Estados Unidos estão por trás dos maiores ataques recentes”, diz parte da publicação do portal.
Quando Alex Jones, diretor do Infowars, em 2010, acusou Washington e Telavive de estar por trás do desenvolvimento de Stuxnet, um vírus que atinge equipes com Windows, meios da CNN e ‘The Economist’ o ridicularizaram taxando aquela reclamação de teoria conspiratória, sem fundamento. No entanto, meses mais tarde, ‘The New York Times’ informava que “os serviços de inteligência dos Estados Unidos e Israel tinham colaborado para desenvolver um vírus informático destrutivo para sabotar os esforços do Irã” no desenvolvimento de sua energia nuclear.
“Como informou posteriormente The Washington Post, os Estados Unidos e Israel também foram os responsáveis por desenvolver, conjuntamente, o vírus Flame”, recorda Infowars.
6. Acabar com a neutralidade da rede
A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos deu sinal verdade aos grandes provedores de serviços de Internet para que ofereçam a seus clientes corporativos um sistema que lhes permitam ter maior acesso de alta velocidade, com banda larga, caso paguem mais. “Deste modo, colocar-se-ia fim à neutralidade da rede e, potencialmente, deixaria os sítios web menores como pó”, explica Infowars, acrescentando que isto permitirá às grandes empresas formar monopólios e restringir as escolhas do consumidor.
O jornal The Washington Post prognostica que as pequenas empresas que não podem ter o luxo de pagar este serviço mais rápido, provavelmente enfrentem obstáculos adicionais contra a concorrência, ao mesmo tempo em que os consumidores poderiam ter que encarar preços mais altos.
7. Novos impostos para sufocar a comunicação
Uma série de novos impostos e regulações poderia anunciar a “data de caducidade da liberdade na Internet”, de acordo com um recente artigo de The Wall Street Journal, que aponta para os esforços dos legisladores estadunidenses para fragilizar a lei sobre aInternet livre de impostos.
O que vários funcionários norte-americanos aspiram é obter novos poderes para cobrar impostos às vendas no comércio eletrônico e aos serviços de acesso à Internet, incluindo a aplicação de um imposto para o envio de correios eletrônicos, o que poderia estimular milhões de estadunidenses a deixar a comunicação on-line.
Fim do jogo?
O objetivo para aniquilar a liberdade na Internet, sem dúvida, gira em torno de um plano para criar um sistema de identificação universal na Internet, apresentado recentemente pela Casa Branca. “Isto facultaria ao Estado privar qualquer pessoa que se comporte mal de usar aInternet”, segundo Infowars.
“Apenas por meio da agressiva oposição a estas ameaças onerosas à liberdade da Interneté que podemos ter a esperança de conservar a Rede mundial e continuarmos vendo pessoas informadas”, conclui a publicação.

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