quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tendência de aquecimento do planeta é "inegável"

OMM afirma que tendência de aquecimento do planeta é "inegável"
 
 
A reportagem é de Fabiano Ávila e publicada pelo Instituto CarbonoBrasil, 05-02-2014.
 
 
No último dia 22, a NASA liberou um comunicado salientando a contínua elevação das temperaturas do planeta desde a Revolução Industrial, fato que a agência considerou como uma evidência incontestável do aquecimento global.
 
Agora foi a vez de a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacar que é “inegável” a tendência de aquecimento do nosso planeta.
 
A OMM classificou 2013 como o sexto ano mais quente desde 1850, com uma temperatura 0,5°C acima da média entre 1961 e 1990. Por sua vez, a NASA informou que o ano passado foi o sétimo mais quente, enquanto a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) classificou-o como o quarto. No entanto, as três entidades concordam que 13 dos 14 anos com as maiores temperaturas médias aconteceram no século XXI.  
 
“A temperatura global para o ano de 2013 é consistente com a tendência de aquecimento em longo prazo. A taxa do aquecimento não é uniforme, mas a tendência de elevação é inegável. Considerando a quantidade de gases do efeito estufa em nossa atmosfera, as temperaturas continuarão a subir por gerações”, declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.
 
“Nossa ação – ou inação – para reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa moldará o estado do planeta para nossas crianças, netos e bisnetos”, completou. Em seu boletim, a NASA também havia afirmando de forma enfática o papel da concentração de gases do efeito estufa (GEEs) na alta das temperaturas.
 
“Os padrões meteorológicos sempre causarão flutuações nas temperaturas médias anuais, mas o aumento contínuo nos níveis de GEEs na atmosfera da Terra está resultando na elevação das temperaturas globais em longo prazo (...) Cientistas esperam que cada década seja mais quente do que a anterior”, destacou.
 
Segundo a agência espacial norte-americana, a concentração de GEEs na atmosfera está na faixa das 400 partes por milhão, a maior vista no planeta nos últimos 800 mil anos. A OMM destacou ainda que 2013 foi um ano sem influência do El Niño, portanto sem uma grande variabilidade natural que explicasse o porquê das altas temperaturas.
 
A entidade alerta também que mais de 90% do excesso de calor causado pelas atividades humanas está sendo absorvido pelos oceanos, mascarando de certa forma o quão rapidamente está se dando a elevação das temperaturas do planeta.
O relatório completo da OMM sobre 2013, o Status of the Climate 2013, será publicado em março, e trará mais informações sobre dados regionais, precipitação, enchentes, secas, ciclones tropicais, cobertura de gelo e nível do mar.

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