Interesses 
econômicos, ideologia do livre-mercado e crença infinita na técnica bloqueiam 
ação contra mudança climática. É uma aposta mortal.
Resenha 
da obra The Climate Casino: Risk, Uncertainty, and Economics for a 
Warming World - “O Cassino Climático: Risco, Incerteza e Economia para 
um Mundo em Aquecimento” - de William D. Nordhaus por 
Paul Krugman para o New York Review of Books. 
A tradução é de Cristiana Martin e reproduzida por 
Outras Palavras, 07-11-2013.
Eis a 
resenha.
1.
Quarenta 
anos atrás, um jovem e brilhante economista da Universidade de Yale chamado 
William Nordhaus publicou um renomado artigo, The 
Allocation of Energy Resources, que expandiu fronteiras na análise 
econômica. Nordhaus argumentou que era necessário pensar 
claramente sobre a economia de recursos esgotáveis como petróleo e carvão, para 
olhar para o futuro e avaliar seu valor à medida que vão ficando mais escassos. 
Esse olhar necessariamente envolveria considerar, não apenas recursos 
disponíveis e crescimento econômico futuro, mas também prováveis futuras 
tecnologias. Além disso, Nordhaus desenvolveu um método 
incorporando todas essas informações – estimativa de recursos, previsões 
econômicas de lon go prazo e as melhores previsões de engenheiros sobre custos 
de futuras tecnologias – em um modelo quantitativo de preços energéticos em um 
longo período.
Os 
recursos e informações de engenheiros para o artigo de Nordhaus 
foram, na maioria, organizados e reunidos por seu assistente, um aluno de 
graduação de 20 anos que permaneceu longas horas fechado na Biblioteca de 
Geologia de Yale, debruçado no “Bureau of Mines” e afins. Era uma 
aprendizagem de valor inestimável. Minhas razões para ter buscado este trecho de 
história intelectual, no entanto, vão muito além da revelação pessoal – embora 
os leitores desta resenha devam saber que Bill Nordhaus foi meu 
primeiro mentor profissional. Pois se alguém se debruçar sobre The 
Allocation of Energy Resources, aprenderá duas lições cruciais. 
Primeiro, que é difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro distan te. 
Segundo, que às vezes as previsões devem ser feitas mesmo assim.
Voltando 
a “Allocation” depois de quatro décadas, o que salta aos olhos é o quão 
errado estavam os especialistas a respeito das futuras tecnologias. Por anos, 
seus erros pareciam estar em um superotimismo, especialmente sobre a produção de 
petróleo e de energia nuclear. Mais recentemente, as surpresas apresentaram-se 
do lado oposto. A extração de petróleo por meio de fracking tem maior 
impacto imediato nos mercados, mas a novidade fundamental é a competitividade 
crescente das energias solar e eólica – nenhuma das quais apareceu na obra 
“Allocation”. Os preços atuais do petróleo, ajustados pela inflação, 
são praticamente o dobro do que Nordhaus havia previsto, 
enquanto o preço do carvão e especialmente o do gás natur al estão bem abaixo de 
suas bases de cálculo.
De modo 
que o futuro é incerto, uma realidade reconhecida no título do novo livro de 
Nordhaus: The Climate Casino: Risk, Uncertainty, e 
Economics for a Warming World (“O Cassino Climático: Risco, Incerteza e 
Economia para um Mundo em Aquecimento”), sem edição em português). Ainda assim, 
as decisões devem ser feitas levando em consideração o futuro – e às vezes o 
futuro de longo prazo. Isso é verdade quando se trata de recursos esgotáveis, em 
que cada barril de petróleo queimado hoje é um barril não disponível para as 
próximas gerações. É ainda mais verdadeiro para o aquecimento global, em que 
cada tonelada de dióxido de carbono emitida hoje permanecerá na atmosfera, 
alterando o clima do planeta, para as gerações vindouras. E , como enfatiza 
Nordhaus – talvez não tanto quanto alguns gostariam –, quando 
falamos em mudanças climáticas a incerteza leva ao aumento, e não ao 
enfraquecimento da necessidade de ação imediata.
No 
entanto, embora a incerteza não possa ser banida da questão do aquecimento 
global, podemos e devemos fazer as melhores previsões possíveis. Acompanhando 
seu estudo sobre as energias futuras, Nordhaus tornou-se pioneiro no 
desenvolvimento de “modelos de avaliação integrada”, que tentam reunir o que 
conhecemos sobre dois sistemas – a economia e o clima –, mapeando a interação 
entre eles na tentativa de analisar a relação custo-benefício de políticas 
alternativas (2). Por um lado, The Climate Casino é um esforço 
para popularizar os resultados dos IAMs e de suas implicações. 
Mas é também, claro, um convite à ação. Vou perguntar adiante, nesta resenha, se 
esse convite tem alguma chance de sucesso.
2.
Estilisticamente, 
The Climate Casino deve ser lido mais como cartilha do que como 
manifesto – algo que certamente frustrará muitos ativistas 
climáticos.
Trata-se, 
é bom lembrar, de uma posição característica de Nordhaus: na 
comunidade de pessoas razoáveis, que aceitam a realidade do aquecimento global e 
a necessidade de fazer algo a respeito, ele tem assumido o papel de 
desmistificador, criticando afirmações muito fortes, que não acredita serem 
justificáveis por teorias ou evidências. Ele levantou bandeiras de relativo 
otimismo sobre nossa capacidade de adaptação ao aquecimento global moderado. 
Criticou duramente o estudo de Nicholas Stern, amplamente 
divulgado, sobre a economia das mudanças climáticas, argumentando que não 
deveríamos pensar nos custos impostos às futuras gerações devido ao consumo de 
combustíveis fósseis nas gerações atuais (3). E assumiu uma postura cética em re 
lação aos argumentos de Martin Weitzman, de Harvard, de ampla 
circulação, de que o risco de efeitos climáticos catastróficos justifica ações 
muito rápidas e agressivas para limitar emissões de gases do efeito estufa 
(4).
Como eu 
dizia, a participação de Nordhaus nessas controvérsias frustrou 
alguns ativistas do clima, até porque adversários de todo e qualquer tipo de 
ação contra as mudanças climáticas usaram seus trabalhos para apoiar a posição 
deles. Dito isto, é importante notar que The Climate Casino não 
é, de modo algum, o trabalho de alguém cético sobre a realidade do aquecimento 
global e a necessidade de agir imediatamente.
Ele meio 
que ridiculariza afirmativas de que as mudanças climáticas não estão acontecendo 
ou não são resultado da atividade humana. E conclama à ação agressiva: sua 
melhor estimativa sobre o que deveríamos estar fazendo envolve impor um imposto 
substancial e imediato sobre a emissão de carbono, de tal forma a aumentar 
bruscamente o preço atual do carvão, e elevá-la gradualmente até mais que o 
dobro em 2030. Talvez alguns até considerem essa política inadequada, mas é 
muito mais do que existe atualmente na agenda política. Portanto, na prática, 
Nordhaus e os ativistas climáticos mais agressivos estão do mesmo lado. 
[...]
Então, o 
que ele diz neste livro? Primeiro, ele revisa a ciência climática básica. Ao 
queimar quantidades colossais de combustíveis fósseis, aumentamos enormemente a 
concentração de dióxido de carbono na atmosfera – e certamente a elevaremos 
muito mais nas próximas décadas. O problema é que o CO2 é um gás de efeito 
estufa (assim como muitos outros gases também liberados em consequência da 
industrialização): ele retém calor, elevando a temperatura do 
planeta.
De que 
nível de elevação estamos falando? Nordhaus segue o consenso 
científico do último relatório do Painel Intergovernamental da Mudança Climática 
(IPCC), que coloca o provável aumento entre 1,8 e 4 graus 
centígrados em 2100. Na verdade, Nordhaus aponta para o máximo 
deste intervalo, com a elevação da temperatura em até aproximadamente 6ºC em 
2200. Ele observa também a possibilidade de haver surpresas desagradáveis. Por 
exemplo, se o aquecimento levar à liberação de quantidades substanciais de 
metano – um poderoso gás de efeito estufa – provenientes do descongelamento da 
tundra.
O 
aquecimento, por sua vez, tem várias consequências para além da simples elevação 
das temperaturas. O nível dos mares vai aumentar, tanto pela própria expansão da 
água quanto pelo derretimento do gelo. Aqui, também há a possibilidade de haver 
surpresas desagradáveis – por exemplo, o derretimento da camada de gelo da 
Groenlândia, que, por sua vez, causaria mais derretimento. Furacões ficarão mais 
intensos, pois são “alimentados” por águas mornas. Climas locais podem mudar 
drasticamente, com áreas úmidas tornando-se ainda mais úmidas ou tornando-se 
secas.
Há também 
uma importante consequência do aumento dos níveis de CO2, que não está 
diretamente relacionada ao aquecimento: os oceanos tornam-se mais ácidos, com 
efeitos adversos na vida marítima. Efeitos devastadores em recifes de coral já 
são provavelmente inevitáveis.
Quanto 
prejuízo isso provocará? Nordhaus desenha um contraste entre o 
que ele chama de “sistemas gerenciados” – como a agricultura e a saúde pública, 
atividades humanas basicamente afetadas pelo clima – e “sistemas não 
gerenciáveis”, tais como nível dos mares, acidificação dos oceanos e 
desaparecimento de espécies. Comparado a alguns autores, 
Nordhaus é relativamente otimista sobre o impacto da elevação 
das temperaturas nos sistemas gerenciados. Na verdade, ele resume estudos que 
sugerem um provável pequeno aumento das colheitas agrícolas graças a um ou dois 
graus de aquecimento, e declara: “É impressionante como este resumo das 
evidências científicas contrasta com a retórica popular.” Ele também vê os 
impactos na sa úde como modestos, ao menos com o aquecimento provável neste 
século, com avaliação “similar à da agricultura”.
Os 
maiores custos, argumenta Nordhaus, vêm dos sistemas não gerenciáveis: elevação 
dos oceanos, furacões mais intensos, perda na diversidade de espécies, oceanos 
cada vez mais ácidos. O problema é como colocar um número nesses custos – o que 
ele precisa fazer, pois, como já apontei, seu objetivo é fazer uma análise da 
relação custo-benefício. No fim, e apesar da desmistificação, Nordhaus conclui 
que haverá custos crescentes conforme a elevação da temperatura vá além dos 2°C 
– e um aumento de no mínimo tal grandeza parece, a esta altura, quase impossível 
de evitar. Quando se leva em conta o risco de aumentos surpreendentes na 
temperatura, surge um impulso incontrolável de agir para limitar a mudança 
climática. O problema, então, é qual o tamanho da açã o e que forma ela deveria 
tomar.
3.
Existe 
uma facção no debate sobre o clima que reconhece a realidade do aquecimento 
global e seus custos, mas rejeita a noção de tentar limitar a emissão de gases 
causadores do efeito estufa – seja porque considera seus custos muito caros, ou 
(suspeita-se) porque limitar os impactos humanos no meio ambiente faz com que 
algumas pessoas imaginem que isso seja coisa de “hippie”. Assim, essa facção 
clama por uma geoengenharia: ao invés de limitar os impactos humanos, nós 
deveríamos compensá-los com outros impactos na direção contrária.
Muitos 
ambientalistas rejeitam a ideia da geoengenharia. Nordhaus não; 
ele sugere que esquemas como o bombeamento de aerosóis refletivos na alta 
atmosfera poderia livrar o aquecimento global dos gases de efeito estufa a um 
preço relativamente barato. Mesmo assim, como ele aponta, a geoengenharia não 
iria de fato reverter os efeitos dos gases, apenas servir para desencadear 
outros efeitos e isso, apenas em níveis globais. A acidificação do oceano, por 
exemplo, iria continuar; e mesmo se a média da temperatura global pudesse ser 
estabilizada, poderiam ocorrer enormes variações em climas e temperaturas 
locais.
No fim, 
Nordhaus faz uma bela análise de por que a geoengenharia deveria ser estudada e, 
consequentemente, guardada como carta na manga, da mesma maneira como médicos 
estudam e guardam em suas mentes tratamentos perigosos mas poderosos, a serem 
utilizados apenas, e só apenas, quando todo o resto falha. A primeira linha de 
defesa deveria ser um esforço para limitar o aquecimento global limitando as 
emissões de gases. Como isso pode ser feito?
No texto 
introdutório ao capítulo de Economia do livro, ele fala sobre o conceito de 
“externalidades negativas” – custos que as pessoas impõem aos outros através de 
ações, sem serem responsabilizadas por isso. Poluição e congestionamento no 
trânsito são dois exemplos clássicos – e emissão de gases é, em nível 
conceitual, apenas um tipo de poluição. É verdade, existem aspectos incomuns 
nesses gases: o mal que eles causam é global, não local; os prejuízos 
estendem-se para um futuro longínquo, ao invés de se manifestarem 
esporadicamente, e existe o risco de essas emissões causarem, além de prejuízos, 
uma catástrofe na civilização.
Contudo, 
apesar dos aspectos incomuns, muitas análises do livro deveriam ser aplicadas. E 
o que Nordhaus diz é que a melhor maneira de controlar a poluição é colocar um 
preço nas emissões, para que os indivíduos e empresas tenham um incentivo 
financeiro para reduzi-los. [...]
Por que 
tributar o carbono é melhor do que regular diretamente as emissões? Todo 
economista conhece os argumentos: medidas para reduzir emissões podem acontecer 
em muitas “margens”, e nós deveríamos dar às pessoas incentivo para explorar 
essas margens. Deveriam os próprios consumidores tentar usar menos energia? Eles 
deveriam mudar seu consumo para produtos que usam menos energia ao ser 
fabricados?
Deveríamos 
tentar produzir energia a partir de fontes com menores níveis de emissão (gás 
natural) ou sem emissão alguma (eólica)? Deveríamos tentar remover o dióxido de 
carbono (CO2) após o carbono ter sido queimado, ou seja, por captura e sequestro 
em complexos de energia? A resposta é: todas acima. E colocar um preço no 
carbono, na verdade, dá às pessoas um incentivo para realizar todas 
elas.
Por outro 
lado, seria muito difícil estabelecer regras para conseguir cumprir todas essas 
metas; na realidade, apenas conseguir comparar as emissões para fazer uma 
simples escolha, seja dirigir um carro ou voar até uma cidade distante, não é 
nada fácil. Por isso, estabelecer preços para carbono é o caminho a ser seguido. 
[...]
4.
Gostei de 
The Climate Casino, e aprendi muito com ele. Mesmo assim, 
enquanto o lia, não pude deixar de me perguntar para quem, exatamente, o livro 
foi escrito. Ele adota um tratamento calmo e fundamentado, ordenando o que há de 
melhor em evidências econômicas e científicas em favor de uma abordagem 
pragmática da política. E este é o ponto: quase todo mundo que responde a esse 
tipo de argumento já é favorável a uma forte ação contra a mudança climática. O 
problema são os outros.
Claro que 
Nordhaus está ciente disso, mas creio que ele minimiza quão 
ruim está o cenário. […] O ponto é: há poderes reais por trás da oposição a 
qualquer tipo de ação climática – poderes que desvirtuam o debate, tanto negando 
a ciência climática quanto exagerando os custos para reduzir a poluição. E esse 
não é o tipo de poder que pode ser afastado com argumentos tranquilos e 
racionais.
Por que 
alguns indivíduos poderosos e grandes organizações se opõem tão fortemente à 
ação, diante de perigo tão claro e presente? Parte da resposta é pura e 
simplesmente interesse próprio. Enfrentar o aquecimento global envolveria 
eliminar o uso de carvão, exceto na medida em que o CO2 puder ser recapturado 
após o consumo; envolveria redução do consumo de combustíveis fósseis; e preços 
substancialmente mais altos para a eletricidade. Para alguns tipos de negócio, 
isso significaria bilhões de dólares perdidos, e para os donos desses negócios, 
subsidiar a negação climática tem sido um investimento altamente 
lucrativo.
Para além 
disso tudo está a ideologia. “Os mercados sozinhos não resolverão esse 
problema”, declara Nordhaus. “Não há ‘solução de livre mercado’ 
genuína para o aquecimento global.” Isso não é uma afirmação radical, é apenas 
economia básica. Contudo, é um anátema para os entusiastas do livre mercado. Se 
você gosta de se imaginar como personagem de um romance de Ayn 
Rand, e alguém diz a você que o mundo não é daquele jeito, que ele 
necessita intervenção do governo – não importa quão amigável ao mercado ele 
possa ser – sua resposta provavelmente será rejeitar a informação e se apegar a 
suas fantasias. E, é triste dizer, um bom número de pessoas influentes na vida 
pública norte-americana acredita estar atuando no Atlas 
Shrugged.
Finalmente, 
há um forte traço no conservadorismo norte-americano moderno que nega não só a 
ciência climática, mas também os métodos científicos em geral. Uma enquete 
sugere, por exemplo, que a grande maioria dos republicanos rejeita a teoria da 
evolução. Para pessoas com essa mentalidade, permanecer alheio ao consenso 
científico sobre a questão apenas sustenta e alimenta fantasias sobre 
conspirações malucas.
Daí minha 
preocupação com a utilidade de livros como The Climate Casino. 
Dado o estado atual da política norte-americana, a combinação de interesse 
próprio, ideologia e hostilidade à ciência constitui um enorme obstáculo à ação, 
e a argumentação racional provavelmente não ajudará. Enquanto isso, o tempo está 
se esgotando, à medida que a concentração de carbono continua a 
subir.
Ao longo 
deste livro, o tom de Nordhaus é um pouco cínico, mas 
basicamente calmo e otimista: o aquecimento global é, em última análise, um 
problema que deveríamos ser capazes de resolver. Só gostaria de poder 
compartilhar de sua aparente convicção de que essa possibilidade vai se traduzir 
em realidade. Ao contrário, continuo sendo assombrado por um dado que ele 
apresenta no início do livro, ao mostrar que temos vivido em uma era de 
estabilidade climática incomum – “os últimos 7.000 anos têm sido o período de 
clima mais estável em mais de 100 mil anos”, afirma. Como pontua Nordhaus, esta 
era de estabilidade coincide exatamente com a ascensão da civilização, e isso 
provavelmente não é uma coincidência.
Agora, 
este período de estabilidade está terminando – e foi a civilização que produziu 
isso, por meio da Revolução Industrial e da queima maciça de carvão e outros 
combustíveis fósseis. A industrialização, é claro, tornou-nos imensamente mais 
poderosos, e mais flexíveis também, mais capazes de nos adaptar a circunstâncias 
em transformação. A Revolução Científica que acompanhou a revolução na indústria 
também nos deu muito mais conhecimento sobre o mundo, inclusive a compreensão 
sobre o que estamos fazendo com o meio ambiente.
Mas 
parece que fizemos, sem saber, uma aposta tremendamente perigosa: a de que 
seremos capazes de usar o poder e conhecimento que adquirimos nos últimos 
séculos para enfrentar os riscos climáticos que desencadeamos no mesmo período. 
Vamos ganhar a aposta? O tempo dirá. Infelizmente, se a aposta não der certo, 
não teremos outra chance de jogar.
Notas
(1) Brookings Papers on Economic Activity, Vol. 3 (1973).
(2) Ver, por exemplo, William D. Nordhaus and Joseph Boyer, Warming the World: Economic Models of Global Warming (MIT Press, 2000).
(3) William D. Nordhaus, “A Review of the ‘Stern Review on the Economics of Climate Change’,”Journal of Economic Literature, Vol. 45, No. 3 (September 2007).
(4) Ver Martin L. Weitzman, “On Modeling and Interpreting the Economics of Catastrophic Climate Change,”The Review of Economics and Statistics, Vol. 91, No. 1 (2009); e William D. Nordhaus, “The Economics of Tail Events with an Application to Climate Change”,Review of Environmental Economics and Policy, Vol. 5, No. 2 (2011).
(2) Ver, por exemplo, William D. Nordhaus and Joseph Boyer, Warming the World: Economic Models of Global Warming (MIT Press, 2000).
(3) William D. Nordhaus, “A Review of the ‘Stern Review on the Economics of Climate Change’,”Journal of Economic Literature, Vol. 45, No. 3 (September 2007).
(4) Ver Martin L. Weitzman, “On Modeling and Interpreting the Economics of Catastrophic Climate Change,”The Review of Economics and Statistics, Vol. 91, No. 1 (2009); e William D. Nordhaus, “The Economics of Tail Events with an Application to Climate Change”,Review of Environmental Economics and Policy, Vol. 5, No. 2 (2011).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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