tag:blogger.com,1999:blog-271058138456615409.post7718520739797366200..comments2023-11-02T07:52:59.060-03:00Comments on DIACRIANOS: A MULTIDÃO E O FUTURO DA DEMOCRACIA NA CIBERCULTURAjhollandhttp://www.blogger.com/profile/05672107062702888774noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-271058138456615409.post-64553021878513331452007-12-27T11:54:00.000-02:002007-12-27T11:54:00.000-02:00O texto tem um otimismo paradoxal do qual não poss...O texto tem um otimismo paradoxal do qual não posso compartilhar. Além disso une eventos que nada tem a ver com mídias por computador e internet para justificar esse otimismo. Estou mais para Fernback e Thompson, para quem “a cidadania do ciberespaço seria incapaz de resolver os problemas da representação democrática e da renovação da vida ativa de uma verdadeira cidadania, construída na esfera pública real das nações, pois a CMC, como as demais tecnologias da informação (TI), promovem a fragmentação cultural e política nas sociedades – a disjunção com a vizinhança geográfica que pode gerar comunidades de araque, o custo e o conhecimento sobre o uso de computadores que sempre irá gerar a exclusão da maior parte da sociedade, os encontros nas comunidades virtuais que estão reduzindo os encontros face a face –, podendo, quando muito, ter um papel catártico, gerando para um público o sentimento de envolvimento e participação, que não evoluiria na direção da construção da participação atual em ações comuns, na vida de nossos vizinhos ou na vida cívica, que as comunidades verdadeiras exigem.” O próprio exemplo Zapatista citado mais adiante no texto mostra isso, mas o autor parece ignorar o fato.<BR/>O que se vê surgir na Internet não é mais ou menos do que se vê na “sociedade real”. Um enorme mar de mediocridade colonizada pelo consumo, pelos padrões de vida, sexo, beleza e “felicidade”, com pequenas ilhas de vida inteligente. Tanto na “sociedade virtual” (chamá-la de virtual fazendo uma alusão indireta à Deleuze é quase pornográfico nesse caso), como na “real” as pequenas ilhas estão cerceadas, são alcançadas por outras poucas, e o poder ainda é limitado. Mas ainda vou chegar a elas. O que quero ressaltar é, a internet não é essa mídia revolucionária e capaz de gerar redes como se alega, ela sequer é um melhor bote salva-vidas do que outros que temos a disposição. A internet é mais um meio, como qualquer outro. Talvez agora seja o mento de falar do movimento Zapatista.<BR/>O EZLN não foi criado graças a Internet e sua criação sequer foi facilitada por ela. Devemos ver o que há de realmente original em movimentos desse tipo (e com certeza não é o uso milagroso da internet). O EZLN é um movimento que percebeu, próprio texto mostra isso, que TODA a mídia está colonizada e é instrumento de alienação e perpetuação do medo. Entretanto o mais importante é notar que o movimento abandou seus objetivos de conquista do aparelho estatal, e não tem qualquer elemento estatuinte, fugiu que qualquer elemento burocratizante. O que é realmente importante notar é o fato de ter se mobilizado a partir de grupos de interesses diverso que se uniram em uma causa comum, é sua estrutura “movediça”, “temporária”, “fluida”. Talvez seja melhor chamarmos isso de “sociedade virtual”: essa estrutura móvel capaz de articular-se e desarticular-se rapidamente; esse conjunto de “mundos possíveis”, atualizando-se e destualizando-se, unindo-se e desfazendo-se. Esse é o verdadeiro teor revolucionário das “sociedades virtuais” e a Internet, a carta, o telefone, o cara a cara, a televisão o rádio, a música, a arte, o cinema, são todos meios potenciais.Iansãhttps://www.blogger.com/profile/00069801357834688701noreply@blogger.com